Bitcoin em Queda Após Corte do Fed: 21 de Setembro é o Novo “Bitcoin Bottom Day”? Preços-Alvo US$ 150.000

O Bitcoin (BTC), a principal criptomoeda, registrou uma queda significativa após sua breve ascensão próxima aos US$ 118.000, devido ao corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) dos EUA. Embora haja incertezas, especialistas mantêm otimismo de longo prazo, com ênfase em 21 de setembro como possível gatilho para uma nova bull run. Analistas como Timothy Peterson e Ryan Lee destacam probabilidades elevadas de alta, mesmo diante da fase de “vender a notícia”, enquanto projeções variam entre consolidação e metas ambiciosas até o final do ano.

21 de Setembro Marcará o Início de Uma Nova Bull Run?

O analista de mercado Timothy Peterson observa que, historicamente, o Bitcoin encerrou o ano em alta 70% das vezes após 21 de setembro, com um aumento mediano acima de 50%. Ele denomina essa data como “Bitcoin Bottom Day” (Dia do Fundo do Bitcoin), indicando chances favoráveis de valorização.

Peterson nota que duas das três quedas históricas do Bitcoin ocorreram em mercados em baixa estabelecidos em 2018 e 2022, cenários que não se aplicam atualmente. Isso o leva a estimar que há 90% de probabilidade de alta este ano.

Além disso, o histórico da criptomoeda aponta para uma chance quase perfeita de sustentar ganhos seis meses após 21 de setembro. Peterson calcula pelo menos 70% de probabilidade de que o Bitcoin não caia abaixo de US$ 100.000.

Analistas Alertam Sobre Fase de “Vender a Notícia” do Bitcoin

Ryan Lee, analista-chefe da exchange Bitget, identifica o corte de 25 pontos base nas taxas pelo Fed como impulsionador inicial do preço do Bitcoin, que chegou brevemente acima de US$ 117.000. Esse corte, o primeiro em nove meses, sinaliza maior liquidez no mercado.

No entanto, Lee adverte que projeções de apenas 50 pontos base em cortes totais anuais podem atenuar o otimismo, gerando volatilidade enquanto os traders se ajustam.

Historicamente, o Bitcoin caiu de 5% a 8% após cortes similares antes de retomar altas, sugerindo uma possível fase de “vender a notícia” nos próximos dias.

Apesar das flutuações, Lee permanece otimista com o ambiente macroeconômico, afirmando que retornos menores em fundos do mercado monetário (MMFs) direcionarão capital para alternativas como criptomoedas.

Ele destaca oBitcoin como hedge em clima de “risk-on” (disposição a correr riscos), com cerca de US$ 7,2 trilhões em instrumentos de caixa.

Para frente, Lee prevê consolidação de curto prazo antes de almejar US$ 123.000 a US$ 150.000, caso ocorram cortes adicionais.

Analistas da Bitfinex também veem perspectivas positivas, projetando US$ 125.000 a US$ 135.000 até o fim do ano, com três cortes de taxas previstos e fluxos constantes para ETFs.

Contudo, eles alertam que, se dados de inflação ou crescimento impedirem novos cortes, o Bitcoin pode se manter entre US$ 110.000 e US$ 115.000, com participação institucional e ativos em ETFs oferecendo suportes sólidos.